segunda-feira, 4 de agosto de 2025

 

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Cicatriz na Cirurgia de Prótese de Mama: Quais as Opções e Qual a Melhor?

A cirurgia de aumento mamário com prótese é uma das mais realizadas no mundo. Entre as dúvidas mais comuns das pacientes está a localização da cicatriz. Afinal, onde ela fica e quais são as vantagens e desvantagens de cada opção?

Neste post, explicamos as três principais vias de acesso para colocação da prótese de mama – inframamária, periareolar e axilar – com suas características, prós e contras, além de dados estatísticos para ajudar na decisão.


1. Inframamária: A via mais utilizada no mundo

A incisão inframamária é feita no sulco natural abaixo da mama. É a técnica mais utilizada nos Estados Unidos, América Latina e Europa.

✅ Vantagens:

  • Acesso direto ao plano de colocação da prótese (subglandular ou submuscular), com mais precisão.

  • Menor risco de contaminação e contratura capsular.

  • Excelente controle do sangramento e simetria.

  • Com o tempo, a cicatriz fica escondida no sulco mamário.

❌ Desvantagens:

  • Pode ficar visível quando a paciente está deitada ou se o sulco for alto.

  • Em pacientes com sulco mamário muito alto, pode haver necessidade de ajustá-lo.

📊 Estatísticas:

De acordo com a American Society of Plastic Surgeons (ASPS), cerca de 75% das cirurgias de aumento mamário nos EUA utilizam o acesso inframamário. Estudos mostram taxas menores de contratura capsular (<5%) nessa via, especialmente quando associada a técnica “no-touch” com funil e antibióticos locais.


2. Periareolar: Discrição e multifuncionalidade

A incisão periareolar é feita na borda inferior da aréola, sendo uma opção popular quando há indicação de correção de assimetrias ou alterações na forma da mama.

✅ Vantagens:

  • Cicatriz disfarçada na transição da aréola com a pele.

  • Permite acesso mais amplo ao interior da mama, útil em casos de mastopexia associada.

❌ Desvantagens:

  • Risco um pouco maior de contaminação, pois passa pelos ductos mamários.

  • Pode haver alteração temporária ou permanente da sensibilidade da aréola.

  • Contraindicada em pacientes com aréola pequena.

📊 Estatísticas:

Estudos mostram que o acesso periareolar está associado a uma incidência ligeiramente maior de contratura capsular(6%–10%), principalmente em próteses texturizadas de primeira geração. Ainda assim, é amplamente usada em mastopexias com prótese, pois permite o reposicionamento da aréola com boa estética.


3. Axilar: Cicatriz fora da mama

A incisão axilar é feita na prega natural da axila e é escolhida por pacientes que não desejam cicatriz na mama. Única que não cicatriz na região da mama....

✅ Vantagens:

  • Não deixa cicatriz visível na mama.

  • Ideal para pacientes com tendência a queloide em tórax.

❌ Desvantagens:

  • Acesso mais distante, cirurgião tem que ter experiência e material.

  • Técnica mais desafiadora e geralmente exige uso de endoscópio.

  • Limitação cirurgias futuras de troca ou revisão da prótese, porém se o cirurgião tem experiência não é uma contra-indicação.

📊 Estatísticas:

Menos de 10% das cirurgias de aumento mamário nos EUA usam o acesso axilar. Apesar do apelo estético, estudos mostram que pode haver maior assimetria e risco de má posição do implante quando não realizada por cirurgiões experientes.

🟢 Nossa experiência:

via axilar é a técnica preferida por nossa equipe, sendo utilizada de forma segura e reprodutível mesmo sem endoscopia, com resultados consistentes e alta satisfação das pacientes, sendo realizada de rotina há mais de 25 anos. Contamos com mais de 15 artigos científicos publicados em periódicos internacionais abordando variações técnicas, indicações, complicações e resultados a longo prazo dessa abordagem em cirurgias primárias e troca de prótese e utilizando diferentes tipos de prótese de silicone.

Referências científicas selecionadas

  1. Munhoz AM, Gemperli R, Sampaio Goes JC.
    Transaxillary Subfascial Augmentation Mammaplasty with Anatomic Form-Stable Silicone Implants.
    Clin Plast Surg. 2015;42(4):565–584. doi: 10.1016/j.cps.2015.06.016. PMID: 26408444

  2. Munhoz AM, Neto AAM, Maximiliano J.
    Subfascial Axillary Hybrid Breast Augmentation: Technical Highlights and Step-by-Step Video Guide.
    Plast Reconstr Surg. 2023;152(2):264e–269e. doi: 10.1097/PRS.0000000000010216. PMID: 36727793

  3. Munhoz AM, de Azevedo Marques Neto A, Maximiliano J.
    Subfascial Ergonomic Axillary Hybrid (SEAH) Breast Augmentation.
    Aesthet Surg J. 2021;41(6):NP364–NP384. doi: 10.1093/asj/sjab029. PMID: 33480969

  4. Munhoz AM, de Azevedo Marques Neto A.
    Subfascial Transaxillary Breast Augmentation: 25-Year Review of 1015 Cases.
    Plast Reconstr Surg. 2025;155(3):462–476. doi: 10.1097/PRS.0000000000011612. PMID: 39023435

  5. Munhoz AM.
    Scar Perception and Outcomes After Transaxillary Breast Augmentation.
    Aesthet Surg J. 2025;45(7):662–672. doi: 10.1093/asj/sjaf052. PMID: 40181516

  6. Munhoz AM et al.
    Subfascial Transaxillary Breast Augmentation Without Endoscopic Assistance.
    Aesthetic Plast Surg. 2006;30(5):503–512. doi: 10.1007/s00266-006-0017-8. PMID: 16977363

  7. Munhoz AM et al.
    Sentinel Lymph Node Detection After Transaxillary Implant Breast Augmentation.
    Aesthetic Plast Surg. 2005;29(3):163–168. doi: 10.1007/s00266-004-0103-8. PMID: 15959693

  8. Munhoz AM, de Azevedo Marques Neto A, Maximiliano J.
    Soft Weight Hybrid (SWEH) Concept: Silicone Implants + Fat Grafting.
    Aesthetic Plast Surg. 2022;46(3):1087–1103. doi: 10.1007/s00266-021-02653-1. PMID: 34850252

  9. Munhoz AM et al.
    Influence of Subfascial Axillary Augmentation on Lymphatic Drainage Patterns.
    Ann Plast Surg. 2007;58(2):141–149. doi: 10.1097/01.sap.0000237762.99536.77. PMID: 17245139

  10. Munhoz AM.
    Reoperative Transaxillary Approach Algorithm.
    Aesthet Surg J. 2020;40(11):1179–1192. doi: 10.1093/asj/sjz339. PMID: 32510133


Conclusão: Qual a melhor opção?

A escolha da via de acesso deve ser feita em conjunto com o cirurgião plástico, levando em conta:

  • Anatomia da paciente

  • Tipo e tamanho da prótese

  • Presença de ptose mamária (queda)

  • Histórico de cicatrização

  • Expectativas estéticas e experiência do cirurgião com a técnica.

A via inframamária é hoje a mais utilizada mas nem sempre é a melhor, mas cada caso é único. O mais importante é ter uma conversa aberta com seu cirurgião, entender os prós e contras e escolher a técnica mais adequada ao seu corpo e aos seus objetivos.


Sobre o autor

Dr. Alexandre Mendonça Munhoz é cirurgião plástico com mais de 25 anos de experiência em cirurgia estética e reconstrutora da mama. Atua como palestrante internacional, autor de mais de 200 artigos científicos e referência em técnicas modernas de implante e reconstrução mamária.

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